
Olá, para quem ainda não me conhece meu nome é Mauricio Maruo, sou pai da Jasmim e companheiro da Thais. Em 2016 descobri que teria uma filha, com isso veio junto uma outra descoberta, que para ser um pai de verdade eu primeiro deveria descobrir como ser um homem de verdade. Meu histórico de referências masculinas sempre foi algo duvidoso, com muitos estereótipos de "MACHO ALPHA" e muita violência mascarada. Assim que minha filha nasceu veio um medo terrível de replicar todo estereótipo que fui ensinado sobre ela, então resolvi mergulhar no lindo e maravilhoso mundo da CNV (comunicação não violenta). No início não foi fácil, muitos conflitos comigo mesmo devido a minha ancestralidade, mas depois de 2 anos estudando e praticando muito comecei a facilitar encontros (rodas de conversa) paternos e parentais sempre com base na cultura da não violência.
Nesta caminhada, descobri que os homens tem uma dificuldade enorme em expressar seus sentimentos (assim como eu tinha), muitos desenvolvem até doenças devido a isso, essa limitação gera também a violência, pois como não sabemos dar vazão aos nossos sentimentos de forma verdadeira acumulamos isso e liberamos através da violência.
O fato é que existe sempre uma ligação muito forte com a forma que fomos criados e a violência que geramos. O jogo "Aprendendo CNV para pais e crianças" não é somente para Pais e Mães se conectarem com os filhos(as), mas ele também foi desenvolvido para o Ser Homem que nunca teve contato com a Comunicação Não Violenta aprender como pode se comunicar melhor com a sua criança interna. É por isso que ele é direcionado a PAIS e CRIANÇAS e não PAIS e FILHOS. Afinal sempre tem uma criança dentro de cada homem que talvez tenham crescido com essas expressões violentas: - Vira Homem!
- Não chora que isso é coisa de mulherzinha. - Ele é pegador.
- Apanhou porque mereceu.
E dessa forma não sabemos dizer o que estamos sentindo, porque nunca nos foi permitido saber isso.
A intensão do Paternidade Criativa sempre foi criar um futuro para nossas crianças (internas e externas) conseguir viver melhor, com mais consciência de quem realmente somos e qual nosso papel nesse mundão. Ah, claro! Com muito menos violência.
Gratidão 🥰
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