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5 desafios que encontramos ao aplicar a escuta ativa

Foto do escritor: Mauricio MaruoMauricio Maruo

mulher na terapia
mulher na terapia

A Comunicação Não Violenta (CNV) é baseada em quatro pilares fundamentais: observação, sentimentos, necessidades e pedidos. A escuta ativa está diretamente ligada a esses pilares, especialmente à observação e às necessidades, pois exige que prestemos atenção genuína ao outro sem julgamentos, buscando compreender suas emoções e desejos.

Algo que na teoria parece ser simples, muitas vezes é algo um pouco mais complexo.. Colocar essa prática em ação não é tão simples quanto parece. Muitas barreiras internas e externas podem dificultar esse processo.

A seguir, exploramos cinco desafios comuns para quem deseja aprimorar sua escuta ativa na CNV e como superá-los.



  1. Controle das próprias emoções

Ao ouvir algo que nos afeta emocionalmente, é natural que surjam sentimentos de defesa, julgamento ou até mesmo raiva. No entanto, a escuta ativa exige que consigamos separar nossas emoções do que está sendo dito, evitando reações impulsivas. Para superar esse desafio, o primeiro passo é desenvolver a autoconsciência (o que já é algo bem complexo), uma dica é respirar antes de responder, o foco deve estar em compreender o que o outro está expressando, sem deixar que nossas emoções dominem a conversa (já começamos com algo complexo).



  1. Vontade de responder rapidamente

Muitas vezes, ao ouvir alguém, sentimos uma necessidade quase automática de aconselhar, justificar ou compartilhar nossas próprias experiências. Isso pode ser um obstáculo para a escuta ativa, pois desvia a atenção da verdadeira necessidade do outro. A chave aqui é a paciência: praticar o silêncio interno e lembrar que ouvir não significa necessariamente responder. Perguntas como "O que essa pessoa realmente precisa agora?" podem ajudar a manter o foco na escuta genuína.



  1. Gatilho emocional

Certas palavras, tons de voz ou temas específicos podem ativar reações emocionais intensas, dificultando a escuta. Quando um gatilho emocional é acionado, tendemos a reagir automaticamente, sem realmente processar a mensagem do outro. Para lidar com isso, é importante identificar previamente quais situações ou palavras nos afetam e desenvolver estratégias para manter o equilíbrio emocional. Técnicas de respiração, pedir uma pausa consciente da escuta e o uso de comunicação verdadeira sobre seus gatilhos podem ser boas estratégias.



  1. Interpretação enviesada

Cada pessoa interpreta o mundo a partir de suas crenças, experiências e valores. Isso pode nos levar a distorcer ou presumir intenções que o outro não teve. A CNV nos ensina a checar nossas interpretações antes de reagir, perguntando ao outro se o que entendemos está correto. Usar frases como "Se entendi bem, você quis dizer que..." ajuda a evitar equívocos e melhora a qualidade da comunicação. Um exemplo bem claro disso é quando conversamos com uma pessoa vegana e somos carnívoros, os valores e crenças não são iguais, então a interpretação de fatos e situações pode ser diferente.



  1. Dificuldade em lidar com o silêncio

O silêncio pode ser desconfortável para muitas pessoas, levando à tendência de preenchê-lo rapidamente com palavras. No entanto, na CNV, o silêncio pode ser um espaço poderoso para reflexão e processamento emocional. Aprender a aceitar e respeitar esses momentos permite que a comunicação flua com mais autenticidade. Uma boa prática é simplesmente respirar e dar tempo para que o outro organize seus pensamentos antes de continuar a conversa.



Conclusão

A escuta ativa é uma habilidade fundamental para estabelecer relações mais profundas e empáticas. Embora os desafios sejam reais, ao reconhecê-los e praticar continuamente, podemos aprimorar nossa capacidade de ouvir com mais presença e compreensão. Ao enfrentar esses obstáculos, é possível fortalecer a comunicação e promover diálogos mais autênticos e construtivos.

Aqui estão cinco formas de fortalecer sua escuta ativa:

  • Crie um ambiente confiável para a escuta – Escolha um local tranquilo, onde a pessoa se sinta segura para se expressar sem interrupções ou distrações.

  • Pratique o silêncio consciente – Evite interromper ou formular respostas enquanto a outra pessoa fala. Apenas ouça com atenção plena.

  • Demonstre interesse genuíno – Pratique a curiosidade ativa. Pergunte de maneira aberta e acolhedora, explorando o que o outro realmente precisa e sente. Validar o que foi dito ajuda a garantir que você compreendeu a mensagem e, ao mesmo tempo, fortalece a conexão.

  • Regule suas emoções – Respire fundo e pratique a autorregulação para não reagir impulsivamente a palavras ou temas sensíveis.

  • Atenção à linguagem corporal – O tom de voz, a postura e o contato visual influenciam na conexão e na percepção de acolhimento durante a escuta.

Praticando essas estratégias, podemos melhorar nossa capacidade de escutar e consequentemente construir relações mais saudáveis e significativas.


Você já enfrentou algum desses desafios ao oferecer a escuta ativa?

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© 2021 por Paternidade Criativa - Todos direitos reservados a Mauricio Maruo

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